Por Leda Sangiorgio*
Até bem pouco tempo atrás, procurar um médico era uma tarefa simples e objetiva, ou seja, bastava procurar na rede credenciada do plano de saúde e marcar a consulta. Porém, com a transformação das relações de comércio, até mesmo a escolha de um profissional de saúde mudou. Hoje em dia, o livro da rede referenciada é coisa do passado. Nem mesmo os aplicativos mais modernos criados pelas operadoras de saúde são a primeira escolha quando é preciso agendar uma consulta.
Essa mudança é complexa e faz parte da transição do marketing transacional para o marketing relacional. A consulta, meu caro Doutor, começa muito antes do agendamento. Para entender o processo é preciso conhecer a jornada de consumidor, que aqui podemos chamar da “jornada do paciente”. Ela começa com a descoberta de um sintoma, sinal ou simples desconforto.
Na próxima etapa, o prospect (paciente) vai usar a internet para entender melhor o que está acontecendo com ele, perguntando ao Dr. Google! Isso não é uma percepção, mas um fato comprovado por uma pesquisa internacional: 89% das pessoas procuram essas informações na internet antes de agendarem uma consulta.
Reconhecido o problema, o prospect (paciente) vai considerar a solução, ou seja, agendar a consulta. E ele também irá usar o Google ou outro buscador para encontrar um médico. Essa busca pode ser muito específica. Ele pode procurar por médicos que atendam o seu convênio, na sua cidade, bairro, homem ou mulher. Além desses fatores que aparentemente não têm tanta importância, ele vai buscar referências suas. Então, eu sinto em dizer: se você não aparece no Google, você não existe!
Como você pode ser reconhecido pelo Google? Por meio do trabalho de marketing digital. Você precisa estar presente em toda a jornada desse paciente, desde o reconhecimento do problema até a procura por um profissional médico. Como? Com a geração de conteúdo sobre a sua especialidade em formatos multimeios (textos, vídeos, infográficos, etc.). Além de um site com blog, é preciso estar presente nas mídias digitais, como Facebook, com atualizações constantes e conteúdo de qualidade. Claro que é preciso investir também em publicidade on-line, como o Facebook Ads e o Google AdWords.
Encare o marketing digital como um investimento e não como um gasto, com certeza você poderá comprovar os resultados.
*Leda Sangiorgio é jornalista especializada na área da saúde